Quem sou eu

Espaço Convergente: Integração total de mídias que se convergem para interagir em um único ambiente em um único blog.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O retrato fotográfico e a criação de personagens

            Os alunos do primeiro semestre de Publicidade e Propaganda receberam a proposta de criar um ensaio fotográfico que retratasse um personagem contemporâneo caracterizado por elementos de um determinado período histórico estudado.
          O objetivo principal do trabalho foi o de sintetizar as características culturais do período pesquisado e expressá-las na composição de um personagem atual, com figurino e cenário que remetessem à atmosfera cultural do momento histórico escolhido para a produção do ensaio fotográfico. Dessa forma, os alunos puderam manifestar uma compreensão sobre os processos de transformação da cultura, da sociedade, e também explorar a fotografia como meio de expressão / comunicação.

Ao lado você confere os link's com cada um dos Flickr's dos integrante do grupo.


          Os ensaios fotográficos produzidos são caracterizados por traços da fotografia de moda e da fotografia publicitária. Essa junção demonstra que os limites entre as linguagens estão hoje, cada vez mais tênues, tornando a criação publicitária mais complexa e com mais possibilidades a serem exploradas. Ao trabalharem na articulação entre o retrato, o editorial de moda e de publicidade foi possível para os alunos perceberem as intersecções entre as linguagens, e explorar as características de criação de ficção oferecidas pela fotografia para a criação dos personagens imaginados.

Tatiana Pontes – Professora de Fotografia

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Entrevista com Simone Freitas


Simone Freitas, que estuda a Arqueologia das Mídias nos conta um pouco sobre o assunto.


Vanessa Campoi: "Por que o interesse pelo estudo da Arqueologia das Mídias?"

Simone Freitas: "Meu interesse por Arqueologia se deve a duas coisas: estou fazendo uma especialização em Arqueologia e há alguns anos me deparei com um texto sobre Arqueologia da Mídia, de Siegfried Zielinski e depois com o livro do mesmo autor. Logo na introdução é apresentada uma questão sobre o projeto da Mídia Morta (Dead Media Project) de Bruce Sterling que se iniciou em 1995, buscando, por intermédio da criação de um grande "mailing" para se coletar softwares obsoletos.
Acho a ideia fantástica, pois tenho hoje comigo um número imenso de materiais em CDs, CD-ROM e agora não consigo mais acesso ao conteúdo destas mídias, pois em geral não há mais compatibilidade entre os programas disponíveis nos sistemas operacionais vigentes e aqueles com os quais os materiais foram produzidos."
Se você buscar mais informações sobre o projeto vai notar que o site não está mais no ar (http://www.deadmedia.org/)
  
Vanessa Campoi: "Onde há ainda informações sobre o projeto?"

Simone Freitas: "Pode encontrar mais informações ainda na Wikipédia http://en.wikipedia.org/wiki/Dead_Media_Project
Depois, logo obtive conhecimento de outro site bem interessante onde podemos localizar milhões de páginas de sites, ainda que não esteja mais no ar. Veja em http://www.archive.org/."

Vanessa Campoi: "E como podemos definir Arqueologia?"


Simone Freitas: "A ideia de se falar em arqueologia das mídias pode ter muitas implicações e mesmo aplicações. Arqueologia pressupõe o estudo dos vestígios humanos a partir de sua cultura material. Por isto mesmo que me intrigou e ainda intriga o fato de termos à nossa volta tantos materiais aos quais muitas vezes não podemos mais ter acesso ao seu conteúdo."

Guaraná Antártica Zero com Ronaldo

              A propaganda criada pela agência DM9DDB, traz o ídolo Ronaldo desconfiando do sabor do novo Guaraná Antártica Zero, e após uma votação web através do site www.guaranaantartica.com.br/enquete-ronaldo.aspx , o ídolo teria que 'pagar um mico' que seria divulgado no proximo comercial da marca.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=i5s2TKNVGR8

O resultado do comercial e da enquete?

Você confere aqui no Espaço Convergente!



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=kSsbNcb-LIk&feature=player_embedded

Comunicação em Mídias Convergentes

           Ultimamente o termo Convergência de Mídias vem se tornando muito banalizado, até porque se confunde com Convergência de Meios (infraestrutura), com Convergência de Conteúdo e seus diferentes formatos.

            Tudo o que é feito em comunicação, sem uma certa linha de raciocínio ou sem possuir um encaminhamento claro, passou a ser apelidado de convergência, como escusa para se aprovar um mix de mídias mais amplo e mais diversificado.

            Na verdade, para fins de comunicação, este termo está diretamente relacionado à interligação dos meios de comunicação para, tendo a Internet como cordão umbilical, como padrão comum, transacionar conteúdos e mensagens nos diferentes formatos de mídia disponíveis, das físicas digitalizadas às móveis e colaborativas.

            Porém, existem algumas premissas importantes para estabelecer essa combinação entre os meios (Internet, TV, Rádio, mídia impressa, etc), como é o caso da digitalização do conhecimento e do conteúdo em si e sua disponibilização na rede mundial, esta ainda sem controle.  


            É fato que não se consegue normatizar a navegação de um usuário e nem mesmo o conteúdo disponibilizado na rede, inclusive o gerado pelos usuários. Por exemplo, em alguns minutos, uma pessoa consegue, pela Internet, aprender a fabricar uma bomba e, ao mesmo tempo, visitar diversos museus, bibliotecas, etc.

            Assim, a parte positiva de tudo isso é a possibilidade de se armazenar conhecimento, com velocidade de informação, fácil acesso, profundidade e riqueza de formatos (mutimídia), tornando a cultura e a notícia, bem como a possibilidade de interatividade, algo sem fronteiras geográficas.

            Já a negativa é  que menos de 40% da população brasileira está, hoje, conectada à Web. Notamos então que a exclusão digital se torna um problema importante, uma vez que se configura como um grave limitante à penetração da chamada Convergência de Mídias, hoje muito centrada nas mídias móveis, como o celular (com índice de penetração superior a 100% no país).

            Porém, é errôneo nomear Convergência de Mídias como a proposta de trazer todas as informações de todas as mídias para a Internet e afirmar que só através dela as pessoas terão acesso ao conhecimento, entretenimento, transações e serviços. Na verdade, outros meios como  TV, rádio, etc e outras redes e ambientes de comunicação, como universidades, livros, eventos, shows, etc, independentemente de estarem disponibilizando seus conteúdos na Internet, existem e continuarão existindo como agentes de distribuição de informações, conhecimentos e mensagens.

        
          Convergir mídia não significa substituir umas pelas outras. Alguns exemplos históricos comprovam a tese: o rádio não substituiu a literatura, o teatro e o cinema não diminuíram a importância do rádio, a Internet não acabou com os jornais e as revistas impressas, a televisão aproximou o som e a imagem de todas as pessoas, sem que elas abandonassem outras formas de informação, entretenimento ou estudo, e assim por diante.

            Uma das formas mais adequadas e simplificadas para conceituar a Convergência de Mídias pode se traduzir no desafio de compreender, trabalhar e entregar modelos em que as pessoas tenham acesso ao conhecimento, informação, entretenimento, serviços e transações, em níveis positivos de qualidade e usabilidade, a partir dos meios que ela hoje dispõe, de modo que eles se completem e se forlaleçam.

            Não há dúvida nenhuma de que a ‘Convergência de Mídias’, como meio, em conjunto com a interatividade, como modelo relacional, tornarão possível a disseminação do conhecimento (entendendo-se aí inclusos entretenimento, serviços, etc) ao alcance dos nossos dedos e também ao alcance de qualquer um em qualquer parte.

            Em suma, pode-se dizer que praticaremos formas virtuais de nos comunicarmos, mas não irreais.

Texto de Daniel Rosa(Agência Adnews) e Marcelo Outeda. 

Eduardo e Mônica

E quem um dia irá dizer que não existe razão para as coisas feitas na televisão?


            O video acima foi produzido pela agência Afrika com o intuito de apresentar os milhares de Eduardos e as milhares de Mônicas que existem no Brasil. A agência por meio da internet, buscou por histórias de casais que vivem ou passaram por experiências parecidas com a da música cantada por Renato Russo.
         

Brasil aumenta uso das redes sociais para fins comerciais

          Uma pesquisa encomendada pela Unisys sobre o fenômeno da “Consumerização de TI” no Brasil indica que 34% dos brasileiros entrevistados afirmam utilizar o Facebook para trabalho, ante 16% dos consultados no último ano.

Ainda sobre o Facebook, o Brasil lidera a lista dos países em que os funcionários acessam o site, pelo menos uma vez por dia, para fins corporativos e pessoais: 58,8% dos brasileiros entrevistados disseram navegar na rede social com essa frequência.

Segundo a pesquisa, 19,7% dos brasileiros afirmam ter uma página em outro serviço que não Facebook ou MySpace. Nos EUA, apenas 7,2% dos entrevistados afirma possuir uma página utilizada para fins corporativos no Facebook ou no MySpace. O LinkedIn também mostra aumento nos acessos no Brasil: em 2010, 28% dos brasileiros disseram usar o site, enquanto em 2011 esse número subiu para 35%.
       
 No Twitter, 25% dos entrevistados afirmaram usar o microblog para uso pessoal e profissional. No Brasil, o Twitter é mais usado do que nos outros oito países onde a pesquisa foi realizada. De acordo com a pesquisa, 37% dos brasileiros disseram navegar no microblog pelo menos uma vez por dia. O segundo país do ranking que aponta essa prática é a Austrália, onde 13,3% dos entrevistados afirmaram acessar o Twitter pelo menos uma vez ao dia.


Fonte: Exame.com 13/10/2011

Caixa Preta

      “Palavras impressas não eliminaram as palavras faladas. O cinema não eliminou o teatro. A televisão não eliminou o rádio. Cada meio antigo foi forçado a conviver com os meios emergentes. Os velhos meios de comunicação não estão sendo substituídos.” (JENKINS, Henry, 2009)


      Com base nisso trabalhamos a hipótese da convergência terminar e começar com a Falácia da Caixa Preta. 
“Mais cedo ou  mais tarde, todos os conteúdos de mídia irão fluir por uma única caixa preta em nossa sala de estar (ou, no cenário dos celulares, através de caixas pretas que carregamos conosco para todo lugar).” (JENKINS, Henry, 2009)
       Para exemplificar, abaixo temos um vídeo mostrando como seria essa evolução da “caixa preta”.